Resenha 19# As Memórias do livro, de Geraldine Brooks

Como eu bruno estou fasendo e retirar as resenhas dos sites e dar os creditos e descobri que dia 28 tem provão e 29 prova de matemmatica
entao dia 30 a dia 5 vou postar depois 8 dias de ferias e volto a postar

Como todos os livros recebidos diretamente da editora, e como todo best-seller, comecei a ler o As Memórias do Livro com um pé atrás. A autora, Geraldine Brooks, é mais uma dessas jornalistas que descobriram seu fabuloso e divino talento para escrever ficção. Mas está bem. O romance foi vencedor do prêmio Pulitzer, concedido desde 1917 pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque; deve ter seus méritos. Só achei estranho o fato de Homer Simpson já ter ganho o tal prêmio.
As Memórias do livroHanna Heat é uma conservadora e restauradora de livros australiana que é chamada para estudar um famoso manuscrito datado do século XV: a Hagadá de Saravejo, um livro religioso dos judeus que possui esplêndidas iluminuras, coisa proibida na religião daquela época. O trabalho da phD de Sydnei é restaurar a misteriosa Hagadá que fora conservada (e salva) por um bibliotecário muçulmano.
Porém, ao examinar as páginas desgastadas — sempre sob o olhar de uma armada enorme de seguranças — ela percebe traços que podem revelar muito sobre a história daquela relíquia: a asa de um inseto, um fragmento de pena, manchas avermelhadas, um pêlo branco, cristais de sal, e outros. É através desses elementos que a história daquele livro é construída entre as páginas do romance.
A partir das pistas, começam-se a intercalar capítuos que oscilam entre o presente — com os diversos confltos e Hanna; e o passado — em ordem decrescente de data, é contada a história de cada um daqueles traços encontrados na Hagadá. Isso transforma o As Memórias do livro praticamente numa obra de contos, no qual várias pequenas histórias ajudam a elucidar a trama principal para o leitor e, de certa forma, para a própria Hanna, que passa por conflitos secundários com sua mãe, uma médica famosa que nunca perdoara o fato da filha ter seguido a carreira da arte, ao invés da medicina; com o bibliotecário muçulmano, com o qual ela se envolve; com seus amigos pesquisadores, que auxiliam com as análises das pistas; e, por fim, com a revelação de que seu pai fora um grande pintor australiano, cuja morte sua mãe estivera envolvida.
O enredo, como um todo, é interessante. Tem algumas cenas forçadas, é claro que tem. Mas atrai. Considero a personagem principal, Hanna, um tanto mal construída, principalmente nas questões emocionais: no início do livro ela fala sobre (e faz) amor e sexo como uma banalidade, um acontecimento ao acaso e esporádico. Não vejo verossimilhança numa atitude dessas vinda de uma grande estudiosa, phD em conservação de livros. Porém, no decorrer da narrativa, há indícios de que ela se apaixona pelo bibliotecário muçulmano — que é casado, e que ela dormira enquanto estava em Saravejo — , mas as relações com sua mãe pioram, até serem cortadas. Por outro lado, seus sentimentos afloram em relação ao pai (já morto), mas suas manifestações de amor continuam frias como no início.
De qualquer forma, esse é um aspecto para gente que estuda essas coisas analisar. O livro é também um romance histórico e dá pra aprender muito sobre conflitos religiosos, um pouco de nazismo, Segunda Guerra, Inquisição, e outros. Além de, é claro, sobre essa profissão diferente que é a conservação/restauração de livros.
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Bruno Gobbo

Bloggeiro des dos 10 anos. ( ja to com 3 anos de blog )^^. gosta muito de photoshop, games como dragon age, e de leitura. (Gosto tambem de commentarios nas postagens ) ^^ obrigado e até