Resenha 18# Ariel – Sylvia Plath

Mais uma ves tirei a resenha do site : http://www.lendo.org/
Um site muito bom que me inspira muito
obrigado e prometo que assim que acabar as provas eu vou começar a ler denovo e continuar a faser resenhas
thank's
Att: Bruno gobbo

Ariel é um nome de origem hebraica que significa Leão de Deus. Sendo neutro, ele pode ser usando tanto para homens – como fez Shakespeare em sua peça A Tempestade, nomeando o Espírito do Ar – quanto para mulheres – como fez Hans Christian Andersen em A Pequena Sereia.
Contudo, atualmente o nome é muito mais usado como feminino. Comprovamos isso através do gráfico abaixo, que mostra sua popularidade no decorrer dos anos.
Ranking de Popularidade do nome Ariel
A razão por dar esse pequeno histórico do nome Ariel é para enfatizar a complexidade e a abundância de formas e significados que encontramos já no título dessa obra incrível escrita por Sylvia Plath e publicada pela Editora Verus aqui no Brasil.
Sylvia Plath suicidou-se em Londres em 11 de fevereiro de 1963. Tinha Apenas 30 anos.
Foi assim que começou a história desse clássico da poesia contemporânea. Produzido nos últimos doze meses da vida da autora, que deixou o manuscrito pronto para publicação e caprichosamente organizado ao dar fim a sua existência.
O que ninguém sabia até pouco tempo atrás é que o Ariel publicado em 1965 pelo marido de Plath era muito diferente daquele idealizado por ela. Ted Hughes eliminou do arranjo original treze poemas que considerou “pessoalmente agressivos” e incluiu outros treze, a maioria escrita em 1963.
Somente em 2004 o mundo pode conhecer o verdadeiro Ariel, publicado simultaneamente nos EUA e na Inglaterra pela filha de Sylvia. A edição trouxe o fac-símile dos manuscritos originais.
O livro é uma obra de arte, tanto literária quanto esteticamente. Cada poema traz ao lado a versão datilografada pela própria autora, pode-se, assim, verificar suas edições feitas manualmente e, quem conhece um pouco de inglês, comparar as nuances da tradução, que deve ter sido dificílima para conseguir manter a complexidade das imagens criadas pela poeta.

Não vou enganar vocês. Os poemas são extremamente densos e eu não recomendo o livro para leitores inexperientes. Vários deles exigem muitas releituras até conseguirmos captar o sentido e a relação com algum aspecto da vida da autora (sim, na minha opinião não existe eu-poético em Sylvia Plath; quem escreve é a própria), desde a traição pelo marido, a tentativa de suicídio quando criança, o amor por seus filhos e até um simples episódio de um corte no dedo.
Uma dica: no final do livro há uma breve explicação de cada um dos poemas. Mas quem prefere isso, ao invés de criar sua própria interpretação?
Esboços do poema ArielO poema principal, evidentemente, chama-se Ariel e o livro traz, inclusive, os esboços escritos e rabiscados pela poeta.
No entanto, elegi como meu favorito o poema Lady Lazarus, o qual tomo a liberdade de transcrever a interpretação que o livro traz e o primeiro trecho:
Lady Lazarus: 23-29 de outubro de 1962. Plath: “O narrador é uma mulher que possui o grande e terrível dom de renascer. O único problema é que ela tem de morrer primeiro. Ela é a Fênix, o Espírito Libertário, o que você quiser. É também uma mulher bem sucedida, boa e honesta”. Nazi lampsahde, Jew linen (abajur nazista, linho judeu): além de referências a suas tentativas de suicídio, são cada vez mais presentes em sua poesia imagens do Holocausto e da sina dos judeus, aqui fundida, na pele de uma stripper, com a passagem Lázaro, na Bíblia, ressuscitado por Cristo depois de três dias morto numa cova. Isadora: referência à morte da dançarina Isadora Duncan, enforcada com a própria echarpe, que se enroscou na roda de um carro.
Lady Lazarus
Tentei outra vez.
Um ano em cada dez
Eu dou um jeito –
Um tipo de milagre ambulante, minha pele
Brilha feito abajur nazista,
Meu pé direito
Peso de papel,
Meu rosto inexpressivo, fino
Linho judeu.
Dispa o pano
Oh, meu inimigo.
Eu te aterrorizo? –
O nariz, as covas dos olhos, a dentadura toda?
O hálito amargo
Desaparece num dia.
Em muito em breve a carne
Que a caverna carcomeu vai estar
Em casa, em mim.
[...]
E como terminar de falar sobre um livro assim? A poesia de Plath sequer nos permite o silêncio. Como um grito, ela ecoa por nossos ouvidos e estremece nossas mentes até revelar nossas fraquezas.

Creditos ao site no topo do post;

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Bruno Gobbo

Bloggeiro des dos 10 anos. ( ja to com 3 anos de blog )^^. gosta muito de photoshop, games como dragon age, e de leitura. (Gosto tambem de commentarios nas postagens ) ^^ obrigado e até