Os irmãos Fracalossi - Capitulo I

CAPITULO I

Já se passava da meia noite, e eu continuava em meu escritório em um bairro distante da pequena cidade de Santa Maria Paulista, interior de São Paulo. Eu estava com uma dor de cabeça insuportável, mas meu trabalho na Agência Irmãos Fracalossi não podia parar nem por um segundo. Apesar desse nome, apenas eu, Francescco Fracalossi trabalhava ali, e isso fazia apenas duas semanas.
Ainda me lembro de duas semanas atrás, era uma quarta-feira, vinte e três de abril e como de costume, eu estava em meu escritório lendo algumas notícias policiais daquele dia entediante, há muito tempo não aparecia nenhum caso e aquela noite mudaria a minha vida. Não só minha, de toda a minha família. Foi à noite que meu grande irmão João Fracalossi faleceu, ou melhor, foi assassinado, com apenas 30 anos e muita coisa para ser vivida. Apesar de ter perdido meu irmão, ganhei um caso, e um grande caso, que eu tinha e ainda tenho como obrigação a resolução e mais que tudo, a captura daquelas pessoas que tiraram a vida de meu irmão. Era um caso difícil e que mexia com o meu emocional.
Duas semanas depois desse fim trágico de João, eu ainda não me conformava com a forma que eles haviam assassinado ele. Eles haviam deixado ele nu em uma praça abandonada, com cortes por todo o corpo formando letras, e eram apenas nove letras espalhadas pelo corpo: A D I O R T V Y.
Outro detalhe importante, era o número três em cima das letras V e o número um em cima dos I.
Não posso esquecer de mencionar a ligação feita naquela noite, uma voz feminina bem misteriosa que dizia: “Estou na Praça Charles Muller com o seu irmão, ele está pedindo a sua ajuda, se eu você não demorava nem mais um segundo.”
Era tantas coisas para uma noite só, que eu não pensei duas vezes. E acho que nunca pensaria, afinal, era meu irmão que estava precisando de ajuda, ou talvez não? Cheguei a pensar que isso era uma armadilha, mais não hesitei em nenhum momento. Logo que recebi a ligação peguei o meu carro e fui em direção aquela praça. Ficava a uns longos quinze minutos de meu escritório, só que quanto mais eu andava, parecia que mais longe ficava. Não saia da minha cabeça aquela ligação, aquela mulher, o meu irmão. O que estava acontecendo com ele? Só Deus, ele e as pessoas que estavam por trás daquilo sabiam.
Quando estava a alguns metros do bairro, percebi que o mesmo estava sem luz. Achei estranho e conforme fui aproximando comecei a pensar coisas que aquilo poderia significar: eles fizeram isso de propósito para pegar eu e meu irmão e acabar com os detetives Fracalossi; isso era apenas uma coincidência – era a menos provável – ou era apenas um trote e eu fora enganado.
Quando cheguei próximo vi que aquele lugar estava muito abandonado. O cheiro de lixo era forte, as ruas eram esburacadas e a sinalização era horrível. Se eu não soubesse onde era a praça, creio que nunca teria chegado no local.
Após alguns minutos andando por aquela escuridão, avistei uma quadra com os dois gols quase no chão e um campo que nem mesmo gol havia.
Aquele momento eu comecei a suar frio, e também a tremer. Com o farol do carro iluminando o campo, eu avistei o meu querido irmão estendido no meio do gramado. Fiquei alguns segundos sem reação alguma, estava perdido sem saber o que fazer. Quando consegui encaixar os pensamentos, soltei o cinto de segurança e corri para lá. E estava ele, os cortes, os números, e mais um detalhe que eu não citei antes, um bilhete, e nele estava escrito: O próximo será você Dr. Francescco.

Obs : Ainda Não tem Capa
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Bruno Gobbo

Bloggeiro des dos 10 anos. ( ja to com 3 anos de blog )^^. gosta muito de photoshop, games como dragon age, e de leitura. (Gosto tambem de commentarios nas postagens ) ^^ obrigado e até